Caminho Nascente

Viana do Alentejo < > Évora

Etapa 8

Não cabem aqui tantas visitas obrigatórias que a fascinante Évora nos oferece: a Sé, as incontáveis igrejas, o templo romano, a Universidade, as genuínas e antiquíssimas ruelas, os conventos e os monumentos megalíticos nas imediações, a Capela dos Ossos, na Igreja de São Francisco, onde a mensagem sobre a portada nos alerta para a intemporal fragilidade humana: “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”…Sem olvidar a Igreja de São Tiago, que há mais de 400 anos ostenta o apóstolo Santiago a cavalo a combater os mouros, do topo do seu frontão. O magnífico interior reveste-se de murais de azulejos e pinturas de épocas mais recentes, valorizado com um bonito retábulo de talha dourada na capela-mor.

Igreja da Graça

Igreja de Santo Antão (frontal de altar gótico) Uma das mais monumentais igrejas de Évora foi terminada no tempo do cardeal D. Henrique. A cenográfica e austera igreja-salão maneirista foi começada em 1557, segundo projeto do arquiteto Miguel de Arruda. O templo foi concluído em 1563, mas um sismo, cinco anos depois, obrigou a algumas obras de restauro, estando o conjunto terminado em 1570, ano em que o cardeal D. Henrique promoveu também a construção do chafariz da Praça do Giraldo. A maior parte do recheio data dos séculos xvii e xviii, à exceção do frontal de altar em alabastro, onde se representou o Apostolado (e Santiago entre os apóstolos), uma das escassas obras de escultura eborense do século xv que ainda se conservam.


Sé de Évora O portal principal da Sé de Évora, construído na década de 30 do século xiv por uma companhia de escultores, na qual se incluiu provavelmente o célebre mestre Pero, e encomendado pelo bispo D. Pedro Martínez, é o mais importante portal monumental da arte portuguesa do século xiv, nele se representando São Pedro e São Paulo acompanhados pelos apóstolos, entre os quais São Tiago Maior, o primeiro do lado norte da porta, representado com a bolsa a tiracolo, decorada com vieira.

e também…


Feira de São João
A Feira de São João existe com este nome desde 1569, mas já antes se realizavam outras feiras no Rossio de São Brás em Évora: Feira de Santiago (1275), Feira Franqueada (desde 1286), Feira dos Pucarinhos ou das Candeias (1525), Feira dos Estudantes (1569), Feira dos Ramos (1839), Feira Nova de São Cipriano (desde 1900). A primeira Feira de São João realizou-se no maior espaço aberto de Évora, o Rossio de São Brás, no dia 24 de junho de 1569. Anos mais tarde, em 1574, surge o alvará de D. Sebastião que regulamentava que a feira decorresse sempre no espaço onde ainda se realiza. Naquela altura, como hoje ainda um pouco, a Feira de São João era composta por tendas de mercadores e ofícios, como ourives do ouro e da prata, cirgueiros, cerieiros, caldeireiros, curtidores de courama, mercadores de panos de cor, oleiros da loiça, filateiros das fiações, sapateiros, tecelões, etc. Com o passar dos tempos, apesar do caráter popular não se ter alterado, a Feira de São João de Évora sofreu algumas mudanças. Durante o Estado Novo, após 1940, serviu para reforçar a portugalidade, com os cortejos do trajo e outras manifestações que transmitissem a ideia de Pátria unida, mesmo imperial. Depois do 25 de Abril de 1974, a feira foi-se modernizando, e as atividades económicas passaram a ter destaque. A importância da Feira de São João para Évora tem sido tal que, em meados do século xx, o feriado municipal foi fixado no dia 29 de junho (Dia de São Pedro).

Dicas

Leve sempre água, mantimentos,protetor solar, chapéu, impermeável, calçado confortável e um mapa.

Apoio

 CTT

 Banco / ATM

Posto de Turismo de Évora +351 266 777 071

 Táxi Manuel José Quaresma Esteves

Entidades Municipais

 Câmara Municipal de Évora
+351 266 777 000

 União das Freguesias de Évora
(São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão)
+351 266 707 792

Saúde

 Hospital do Espírito Santo de Évora +351 266 740 100

 Farmácia

Pontos de Interesse

 Mosteiro de São Bento de Castris: O Real Mosteiro de São Bento de Cástris, da Ordem de Cister, é o mais antigo mosteiro cisterciense feminino a sul do Tejo, tendo sido fundado em 1274, por D.Urraca Ximenes. 

 Convento dos Remédios: Na sequência da remodelação da Ordem do Carmo, os carmelitas descalços instalaram-se no século XVI em Évora, fora da muralha fernandina, frente à torre de menagem. A Igreja foi sagrada em 1614.

 Catedral de Évora: Dedicada a Santa Maria, a Catedral de Évora foi edificada nos séculos XIII e XIV, sob o patrocínio real de D. Afonso III e do bispo D. Durando Pais, nos estilos românico e gótico, destacando-se o pórtico ogival, guarnecido por esculturas do Apostolado e o claustro.

 Capela da Nossa Senhora da Cabeça: Construção do século XVII, em substituição de um antigo e arruinado oratório que existia na mesma rua, e deveu-se a João Vardon, irlandês e guarda da Universidade. 

 Igreja de São Brás: A Ermida de São Brás, situada fora das muralhas de Évora, foi mandada construir por D. João II, em 1480, no local de uma pequena gafaria onde se tratavam os doentes afetados pela peste.

 Igreja de Santo Antão: Esta igreja substituiu a primitiva Ermida de Santo Antoninho, comenda da Ordem do Templo. Foi construída entre 1557-63, a instâncias do Cardeal Infante D. Henrique e a sua planta é atribuída ao mestre Manuel Pires.

 Igreja de São Francisco e Capela dos Ossos: Na frontaria sobressai uma galilé com arcos de estilos diferentes, um exemplo típico do “casamento” entre os estilos gótico e mourisco que se encontra em tantos monumentos desta região de Portugal

 Igreja de São Mamede: A Igreja paroquial de São Mamede (séculos XIII-XIV; século XVI) é um monumento religioso dedicado a São Mamede situado na cidade de Évora, no Largo Evaristo Cutileiro, freguesia de São Mamede.

 Igreja de São Tiago: Extinta sede de paróquia e colegiada real, já existia em 1302, mas sofreu profundas reformas de arquitetura nos séculos XVI e XVII, subsistindo alguns elementos anteriores (primitivo presbitério e coroamento de ameias chanfradas manuelinas).

 Igreja da Misericórdia: A Igreja da Misericórdia é um importante monumento religioso da cidade de Évora, situado no Largo da Misericórdia, freguesia da Sé e São Pedro.

Igreja de Nossa Senhora das Mercês: Pertencia ao convento dos agostinhos descalços (frades grilos), fundado em 1670, na Rua do Raimundo, sob proteção da Rainha D. Luísa de Gusmão.

 Aqueduto da Água da Prata: Inaugurado a 28 de Março de 1537, o Aqueduto da Prata de Évora é uma das mais marcantes obras efetuadas na cidade na primeira metade do século XVI. Foi construído em escassos seis anos, sob direção do arquiteto régio Francisco de Arruda, e prolonga-se por cerca de 18 km, até à Herdade do Divor, onde vai abastecer. 

 Cromeleque dos Almendres:Este sítio arqueológico é composto por diversas estruturas megalíticas: cromeleque, menir e pedras, pertencendo a primeira ao denominado “universo megalítico eborense”, com nítidos paralelos noutros cromeleques, como no caso da Portela de Mogos, em Montemor-o-Novo.

 Casa Cordovil: A Casa Cordovil é uma casa com vestígios de arquitetura gótica, nomeadamente abóbadas e portais, e foi residência dos Morgados de Brito no século XVI.

 Casas Pintadas: As Casas Pintadas devem o seu nome ao singular conjunto de frescos quinhentistas que decora a galeria e o oratório anexo integrados no jardim.

 Chafariz da Praça do Giraldo: O chafariz da atual Praça do Giraldo, conhecida como Terreiro ou Praça de Alconchel nos séculos XIII e XIV e simplesmente Praça Grande entre os séculos XV e XIX, veio suceder a um outro aí construído para marcar a conclusão da obra do Aqueduto da Prata, em 1537, que terminava neste local.

 Domus: Fica no quarteirão delimitado pelas ruas de Burgos e da Alcárcova de Cima, o prédio conhecido por Casa Nobre da Rua de Burgos onde está alojada, desde finais do século passado, a Delegação Regional da Cultura do Alentejo.

 Ermida de Nossa Senhora do Ó: A primitiva Porta de Avis é das mais antigas da cerca medieval, sendo o primeiro registo conhecido de meados do século XIV. Esta antiga porta foi tapada em data posterior a 1806 e reaberta em 1967. A nova porta de Avis, foi aberta em 1804, como se confirma pela inscrição em mármore existente no seu exterior.

 Ludoteca e Museu do Brinquedo de Évora: A Ludoteca de Évora é um espaço muito agradável onde a educadora responsável acompanha as crianças nas suas brincadeiras. Há imensos brinquedos, jogos e livros para os miúdos se entreterem quando já estiverem cansados de passear pelas ruas de Évora.

 Casa da Balança: O primeiro núcleo museológico da Câmara Municipal de Évora surgiu enquadrado, estratégica e financeiramente, no projeto Stratcult, criado no âmbito da Rede MECINE em 1997.

 Templo Romano de Évora: Estava enquadrado por tanques, criando um raro efeito de espelho de água. Deve ter sido dedicado ao culto imperial e não à deusa Diana, como é designado desde o séc. XVII até aos nossos dias (Templo de Diana). Foi reutilizado ao longo dos séculos, sobretudo, como açougue municipal.

 Arco Romano de D. Isabel

CONTACTOS ÚTEIS

Emergência: 112
Incêndios Florestais: 117
Bombeiros Voluntários de Évora: +351 266 702 122
Guarda Nacional Republicana: +351 266 748 400
PSP de Évora: +351 266 760 450
Proteção Civil de Évora: +351 800 206 405

CÓDIGO DE CONDUTA

Não saia do percurso marcado e sinalizado. Não se aproxime de precipícios. Preste atenção às marcações. Não deite lixo orgânico ou inorgânico durante o percurso, leve um saco para esse efeito. Se vir lixo, recolha-o, ajude-nos a manter os Caminhos limpos. Cuidado com o gado, não incomode os animais. Deixe a Natureza intacta. Não recolha plantas, animais ou rochas. Evite fazer ruído. Respeite a propriedade privada, feche portões e cancelas. Não faça lume e tenha cuidado com os cigarros. Não vandalize a sinalização dos Caminhos.